Tuesday, July 19, 2011

The Tale of Martin, the Drunk Croatian

Olá blog, quanto tempo. Fiquei muito tempo sem postar aqui, as pessoas já devem estar pensando que eu deixei ele morrer. Para provar o contrário, decidi utilizar a minha atual situação (estando na Suíca, wahoo) para encontrar algo pra postar aqui. E quem diria, tenho coisas pra contar à VERA.

Então, essa é minha segunda viagem a Suíça, a primeira foi em 2008, no meio do meu segundo ano (E que ano foi esse, aiai. But that's not the point of this post) e estou voltando agora 3 anos depois, diferente, ou não. Não gosto de fazer esse tipo de auto-análise, prefiro deixar para os outros. Enfim, estou sentado agora no escritório da Vicki (melhor amiga da minha mãe), as 11 da noite em horário suíço, 6 da tarde no Brasil. So let's get to it, eh?

Pra começar com meu ferimento épico. Viajei sexta-feira de tarde, e na sexta-feira de manhã decidi ir no último 'Futebol da Física', pelada semanal do curso. Como eu estou inscrito no time e futebol da física que vai jogar nas Olimpíadas da UFF, tenho que aparecer, né. Então eu fui empolgadão, e Carlos, Caio e Remi foram também. Ficamos jogando normalmente e tal, até geral ficar meio cansadão lá pras 12:40. Então pensamos, 'bora mais um jogo', e fomos lá. Eu que precisava ir embora comecei a jogar empolgadão, e numa hora que o time oposto foi fazer um contra-ataque bolado eu fui dar uma de zagueiro like a boss e consegui dar o bote, mas tava indo tão rápido que tropecei na grama desigual e quase dei de cara no murinho de pedra que demarca os limites do campo. Consegui me jogar pra frente e evitar o murinho, mas me estabaquei lindamente na poeira e nas pedras que tem fora do campo, ralando meu joelho loucamente, além de arranhar a minha perna e machucar as mãos. O joelho começou a sangrar, claro, mas fazer o que. Voltei a jogar.

Após um tempo minha perna direita tava sangrenta do joelho até o pé, mas como muitos sabem, jogando a adrenalina disfarça a dor, e consegui fazer um gol /o/. Depois disso empolguei de vez, e na hora de receber a bola eu quase torci o pé esquerdo. Aí nem deu, galera. Fiquei mancando no campo de defesa até outro maluco do meu time fazer gol da vitória, e me mandei de lá. Cheguei em casa, 1:30 da tarde, precisando sair de casa com meus pais as 3, com um joelho todo fudido. Conseguimos botar aquele antibiótico horroroso e uns bandaids, mas isso ainda me causaria bastante sofrimento. Fomos pro aeroporto, entramos no avião, etc.

Só uma observação. Na hora de fazer check-in pro avião, nos avisaram: eu ia sentar na fileira atrás dos meus pais, com uma pessoa estranha do meu lado. Beleza, né. Well, that's how I would meet Martin, the impromptu hero of our story. Sentamos, e eu fiquei muito tempo lá sozinho lendo meu American Gods, até pensar que meu assento vizinho ia ficar vazio. Aí ele apareceu. Um maluco grande, que ficou no corredor me olhando um tempo até me cutucar e indicar o assento. Graciosamente me levantei e ele se sentou, e quando eu sentei, senti uma aura em volta desse cara, cheirando a Black Label. Uh oh. Quando ele tirou uma garrafinha de Johnny Walker da mochila e deu uns goles, não me surpreendeu nem um pouco.

Um tempinho de vôo depois, ele começou a conversar comigo. Oh yeah. Vou tentar escrever aqui um trecho de uma das conversas.

Croata louco: Man. Fucking shit. I fucking hate Iberia. (estávamos num vôo da Iberia, etc) This fucking shit plane. A ten hour flight, and we don't even have TVs! (não tinham aqueles tvszinhas nos assentos) Fucking shit.

Julian: Uh... yeah. Horrible plane.

Croata louco: So... (pega o livro das minhas mãos) what are you reading?

Julian: American Gods, by Neil Gaiman. It's about gods that live in the real world, and look just like regular people.

Croata louco: Like Marvel?

Julian: Well, no. You have Odin and other Norse gods, Scandinavian gods, African gods...

Croata louco: So, just like MARVEL! (ri sozinho por uns minutos)

Nossas conversas eram todas meio desse nível aí. As vezes ele se interrompia pra dar uns goles nas garrafinhas. Ele acabou me perguntando altas paradas da minha vida, e eu perguntava coisa pra manter a conversa andando né. O nome dele era Martin, e ele era um engenheiro contratado pela Petrobras. Como estava de férias, tava voltando pra Croácia. Ele me perguntou se eu era brasileiro ou não, como eu falava inglês tão bem sendo brasileiro, quantos anos eu tinha, etc etc. Ele ria as vezes de nada, e eu como um bom companheiro de bêbado, ria quando ele ria, o que fazia ele rir ainda mais das minhas risadas. Em um dos melhores momentos da noite, ele até ficou caçando mulher pra mim pelo avião. Quando uma moça especialmente bonita se levantou umas 4 fileiras na nossa frente, ele mandou essa:

Martin: Do you have a woman? Oooh, look over there, a woman for you.

Julian: (eu com medo sério que ele ia tentar algo, tentei despistar) Oh, but I already have a woman. (cacei no iPod uma foto de alguma amiga, encontrei uma especialmente bonita da Luisa e mostrei pra ele) Look, here she is.

Martin: (estudando a foto) Hmm. Well, why not have two? (gargalhou sozinho por mais uns minutos)

Aí umas duas ou três horas após levantarmos vôo, ele apagou totalmente, e no dia seguinte ele acordou com uma ressaquinha e ficou quieto. Falou comigo no café da manhã e me agradeceu praticamente com lágrimas nos olhos quando eu dei minha tigelinha de frutas pra ele comer. Aí na hora de desembarcar, ele saiu andando e nem olhou pra trás. *snif* Meu disposable friend (pseudocults, entendam a referência) tinha ido embora pra sempre da minha vida, mas me deixou com uma puta duma memória engraçada (além da foto que tirei dele enquanto ele tava apagado, mwahahahaha!).

Por enquanto é isso, to aqui na Suíça há alguns dias já, mas não aconteceu nada de muito marcante. Thanks for reading, my friends.

Kisses and hugs and handshakes and high fives

Friday, December 31, 2010

Retrospective 2010

Então acordei hoje as 11 horas e vi que tava um dia nublado horroroso e isso me deu vontade de falar sobre o ano que se passou. /o/

Aaaah 2010, você veio com tanto potencial! Faculdade chegando, auto-escola começando, eu tava todo feliz com o mundo e com meu lugar neste mundo. =D Quem diria que tudo ia explodir e 2010 ia virar um dos piores anos ever (excluindo alguns momentos fodas pra caralho, claro, se só tivesse coisa ruim eu ia me matar logo).

Então a faculdade começou e logo eu pensei 'fudeu, não quero ficar nesse curso, tá tudo uma bosta e estou cagando pra isso', então claro quando as primeiras duas provas chegaram eu fui malzão e meus pais desceram em mim como martelos de Thor (se ele tivesse dois martelos), e me fizeram pensar seriamente sobre o que significava responsabilidade e maturidade. Eu que nunca fui nem responsável nem maturo tive alguns dias terríveis e ansiosos enquanto eu tentava mudar meu estilo de vida para me adequar à faculdade, aprender como estudar, enfim. Foi difícil, mas acabei conseguindo passar em tudo no primeiro período. Ah, e foi nesse primeiro período que uma das coisas fodas do ano aconteceu, que conheci meus amiguinhos da Física, que fazem tudo valer a pena e ser divertido dia após dia =D

Ah, e claro que no meio desse período foi a viagem à Angra que foi FODA PRA CARALHOOOWOWOWOWOWOW e conheci altas pessoas fodas tipo Mike, Thico, Betz, Isa e todos os outros, foi divertido e feliz e uma viagem praticamente perfeita =D

Então o primeiro período acabou e foi um alívio como eu nunca tinha sentido antes em toda minha vida. Logo depois, viajei pros EUA pela primeira vez em muitos anos, e re-vi todos meus amigos de lá, e isso foi incrível. Aaron Jones por exemplo não mudou nadinha, e ele abriu minha mente a muitas coisas que eu tinha preconceito, e felizmente hoje em dia elas não existem mais em minha cabeça (os preconceitos). Mais duas coisas legais do ano \o\

Mas aí eu voltei e começou o segundo período (aaaarrgghhh) e tudo ficou difícil e corrido e uma bosta novamente, com algumas festinhas e saídas legais, e eu AINDA não tinha terminado as aulas teóricas da minha auto-escola (lembrando que já estamos em Setembro aqui) e eu tive que correr pra terminar elas. Acabei terminando e comecei as aulas práticas, que foram super-legais, mas isso teria um fim trágico, como vão ver.

Enquanto isso eu to lá tendo meu segundo período, vários professores fodas e um TERRÍVEL, que ia me comer na bunda no final, mas até lá eu tava curtindo bastante tudo. Tava re-pensando minha atitude do começo do ano, o curso tava bem melhor e eu tinha aprendido (mais ou menos) como viver na faculdade, como estudar em casa e tentar ir bem nas provas e tal. Decidi ficar no curso mais um tempo, e isso foi bom, eu acho.

Aí teve mais uma viagem foda pra caralho com a galera do Rio e São Paulo, yaaay. Agora que eu fiquei falando sobre o ano, to vendo que ele nem foi tão ruim assim, só o final dele que foi demolidor. Vocês vão ver.

Então, vou pular logo pro final por que eu quero ir correr na praia e se eu não for agora, não vou ter tempo depois. Chegou o final do período e consegui passar em tudo MENOS aquela matéria do professor escroto. Beleza, eu pedi isso por que não estudei direito a matéria dele. Então eu decidi estudar e fazer VS (Prova Final para alguns) e eu tirei 5,2 (reprovado) quando eu tinha certeza que tinha tirado um 6,5 ou talvez até um 7. Como meus amigos da física me falaram que ele corrige erradão, decidi marcar uma vista de prova com meu professor.

Ele marcou para uma sexta-feira as 16 horas, cheguei as 16:10 e ele não tava lá. Além disso, era dia de folga da diretoria de matemática (as pessoas que ligam pros professores pra avisar que tem aluno querendo falar com eles) então não conseguia achar ele de forma alguma. Voltei PUTONES pra casa. Mandei outro e-mail pedindo outra data, ou talvez até um scan da correção, mas ele não respondeu. Até hoje que eu to escrevendo isso aqui. O-SENHOR-BABACA.

Aí eu terminei aula prática na auto-escola, e marquei prova prática. Eu tava super ansioso pra fazer, e jurava que não ia falhar. Afinal, se fosse reprovado ia ter que fazer TUDO de novo por que ia vencer meu processo, justamente por que deixei até Setembro pra terminar a aula teórica que comecei em Janeiro. Aí cheguei lá as 7 da manhã no local da prova, esperei 3 horas e na minha vez, fiz baliza PERFEITA, nem vou tentar ser humilde por que foi a melhor baliza que eu já fiz. Eu todo cheio de confiança fui lá fazer o percurso, e quando fui sair da rua das balizas o cara do meu lado fala 'você acabou de ser reprovado'. W-T-F. Pra desviar do cone que nego colocou pra fechar a rua eu esqueci a seta e não olhei no retrovisor, BUM seis pontos e reprovação imediata. Cara, como eu fiquei puto. Eu me senti como eu tivesse uma pergunta de matemática assim 1+1 e eu respondi 2, quando tinha um dividido por 2 embaixo que não tinha visto. Errar algo sem saber que precisava prestar atenção nela. Nem tinha saído do local da baliza ainda, puta CUH! E agora vou ter que fazer tudo de novo, mas hoje eu já aceitei isso e não estou mais puto.

Aí o que botou a cereja metafórica no bolo de MERDA que foi o final do meu ano. No mesmo dia da prova prática, fui pra Penedo pra ficar lá com meus pais, minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha. Eles foram dia 26 então eu fui sozinho de ônibus. Eu MORRENDO de sono por que acordei as 6 da manhã e tinha dormido só umas horinhas, eu adormeci imediatamente ouvindo música no iPod e acordei quando já tava chegando, e em alguma hora na viagem eu tinha tirado o headphone do ouvido, esquecendo totalmente de guardar o iPod. Vocês já sabem o que vai acontecer né.

Então o ônibus chega no Shopping Graal de Resende, e eu achava que meus pais iam estar na Rodoviária mesmo. Aí eu olho pela janela e vejo o carro lá. Eu SALTO da minha cadeira como se tivesse foguete na bunda e saio correndo do ônibus que já tava saindo, e esqueço meu iPod totalmente no meu assento no ônibus. É realmente uma tragédia. Nem notei o sumiço dele até dois dias depois. Mas fazer o que né, é só um bem material, nada demais. Claro que na hora fiquei putão também.

Então, esse foi meu ano, in broad strokes. Ele foi em sua maioria bem legal, I guess, só esse final que deixou com gosto amargo. Agora espero que minha festinha de final de ano seja legal, pra fechar o ano DIREITO. Então, eu sei que estou rambling on aqui, vou fechar esse post com um sincero Feliz Ano Novo pra todo mundo e uma das poucas fotos minhas do ano, onde eu te GARANTO que estou feliz pra caralho e com zero consciência do fato que tem alguém tirando minha foto. E convenhamos, todas as fotos deveriam ser assim.



Happy New Year and all that jazz!

Sunday, December 19, 2010

TRON: Legacy

Em 1982, Disney lançou um filme chamado TRON, que era sobre pessoas digitalizadas (Jeff Bridges, no caso) num mundo virtual, populado por programas e inteligências artificiais. Os programas reverenciam os 'Usuários', e essa crença é tratada como uma religião absurda. O mundo virtual é dominado pelo Master Control Program (MCP), que tenta fazer os programas renunciarem essa crença, e aquele que recusam tem que participar de jogos perigosos, onde o perdedor é 'de-rezzed', que em linguagem virtual significa morto. TRON foi um filme revolucionário pra época, sendo um dos primeiros filmes a usar computação gráfica em larga escala, provando que era viável o uso deste tipo de tecnologia no cinema (como já sabemos hoje). Além disso, ele ganhou status cult instantâneo pelo seu enredo bizarríssimo e original, misturando computação com filosofia com... sei lá, é muito doido. Todos nós já vimos paródias e referências a TRON em filmes e séries, provavelmente sem saber. Então, 28 anos depois lançaram uma sequência, que está em cinemas agorinha e que eu vi anteontem: TRON - Legacy.



Ok, vou pausar um instante pra tentar controlar meu fanboy interior. Vi o teaser desse filme muitos meses atrás, apenas os Light Cycles modernos e uma visão muito rápida do Grid (o mundo virtual), mas lembro claramente que minha cabeça explodiu quando terminou. Nunca esperaria uma sequência pra TRON, nunca. Aí eu fiquei com tanta vontade de assistir que esperar uns 5 meses até lançar foi nada menos do que tortura. Então não preciso nem falar que estava levemente ansioso pra assistir ele. Vou logo falando que não fiquei desapontado.

Então, TRON: Legacy acontece uns 20 anos depois do primeiro, e nosso personagem principal é o filho do Jeff Bridges do primeiro filme, chamado Sam Flynn. O pai dele, Kevin Flynn, desapareceu e ficou ausente todos esses anos (mas nós sabemos onde ele estava, hohoho) então claro que Sam cresceu e virou todo badboyzinho e rebelde sem causa. Claro que ele acaba entrando no Grid e encontrando seu pai, mas não vou contar os detalhes da história. O que importa é o seguinte. Que-efeitos-visuais-do-caralho. Se você é alguém que não curte efeitos visuais assim, vou logo falando que nenhum dos dois TRONs é pra você, por que eles usam os efeitos pra contar a história e pra criar a atmosfera, e isso eles fazem muito bem.

É só eu olhar pro céu digital, soltando raios bizarros, refletido no chão preto cromado infinito que eu fico todo arrepiado. As leis que regem o mundo virtual não tem força nenhuma sem os efeitos pra apoiar, e no Legacy sentimos isso claramente. Os efeitos são simplesmente surrealmente fodas, pena que não pude ver em 3D, deve ser realmente espetacular.

Ah, e a trilha sonora é toda do Daft Punk. A pessoa que teve essa idéia brilhante deveria ganhar um sacão de dinheiro, por que ele foi um gênio. Eles misturam orquestra com eletrônica na medida certa, criando um show visual e auditivo perfeito. Quem vai ver Legacy querendo uma história toda dinâmica e bem-escrita vai se desapontar, por que esse não é o objetivo. Agora, resgatar o mesmo senso de maravilha e olho arregalado FOI, e eu preciso dizer que fazem isso muito bem. Pra mim as 2 horas e pouca do filme voaram, eu tava lá dentro sentindo os efeitos e a música. Saí totalmente satisfeito, e querendo ver de novo, em 3D.

Então resumindo, efeitos e música do caralho + história meio boba e mal escrita = sequência foda de TRON! Ah, e tem Jeff Bridges fazendo dois papéis, não preciso falar mais nada.

Directing: 1
Writing: 1
Music: 2
Cinematography: 1
Fun Factor: 3 (PONTO EXTRAA)

Nota Final: 8, yay. Eu sei que roubei um pouco, mas eu realmente adoro filme que sabe usar a computação pra contar a história, e o bônus da trilha sonora incrível só fecha o pacote. Eu recomendo para todos os fãs de ficção científica, e tentem ver em 3D.

P.S. Eu quero uma roupa daquelas que usam no filme pra mim. Eu nunca ia tirar. Nunca.

P.P.S. Então, vou colocar dois videoszinhos aqui. Um deles é o teaser que fez minha cabeça estourar e o outro é um mini-trailer com uma das músicas do Daft Punk do filme, ficou muito foda.

P.P.P.S. Perdoem-me pelo post meio sem nexo. Não tinha muito pra falar, só queria voltar ao blog mesmo /o/







Thursday, October 14, 2010

The 60s - Top 10 CDs

Então, recentemente um amigo me pediu pra fazer lista de meus top 10 álbuns da década de 70 pra cá, pra comparar listas e se divertir e tal. Eu decidi fazer isso e postar aqui no blog, por que não estou com saco pra fazer os posts grandes e importantes que planejava, e também por que não to conseguindo dormir no momento. Então vamos lá, aqui vão meus dez cds preferidos dos anos 60, em ordem crescente. Muitos deles não vão ser surpresa nenhuma pra muitos de vocês, mas enfim.

10 - Led Zeppelin: Led Zeppelin I


Como assim, Led Zeppelin em último lugar? Pois é, tive muita dor no coração de colocar o Zeppelin I tão baixo na lista, mas comparados com os outros é o mais fraco mesmo. Além disso, a banda não tinha atingido seu auge ainda, considero o Zeppelin III e IV geniais, no I ainda estavam se descobrindo. Muito do potencial tava lá, e tem duas das minhas músicas preferidas da banda: Dazed and Confused e Communication Breakdown.

Ano: 1969

1 - Good Times Bad Times
2 - Babe I'm Gonna Leave You
3 - You Shook Me
4 - Dazed And Confused
5 - Your Time Is Gonna Come
6 - Black Mountain Side
7 - Communication Breakdown
8 - I Can't Quit You Baby
9 - How Many More Times

9 - The Beatles: Rubber Soul

Vou me conter muito pra não colocar muitos dos Beatles nessa lista. Só vou botar dois. :B Rubber Soul é um dos meus top 3 deles, eu acho foda do começo até o final e é pra mim o CD de transição do grupo entre a época pop e a época experimental. Revolver que viria depois já é bem mais sofisticado, e Help! que veio antes não preciso nem falar nada né. É Help! cara. Mais popzão Beatlemania impossível. Não vou ficar falando muito dele, afinal, é Beatles. Preferidos: Drive My Car, Norwegian Wood (This Bird Has Flown), Nowhere Man, Think For Yourself, Girl, I'm Looking Through You, If I Needed Someone

Ano: 1965

1 - Drive My Car
2 - Norwegian Wood (This Bird Has Flown)
3 - You Won't See Me
4 - Nowhere Man
5 - Think For Yourself
6 - The Word
7 - Michelle
8 - What Goes On
9 - Girl
10 - I'm Looking Through You
11 - In My Life
12 - Wait
13 - If I Needed Someone
14- Run For Your Life

8 - Deep Purple: Shades of Deep Purple

O primeiro CD do Deep, de 1968, é muito diferente dos outros. É muito mais psicodélico e progressivão, ainda não tinha a influência hard que marcaria seus outros álbuns. Mesmo achando um dos mais fracos deles, eu vou colocar aqui por ter duas das melhores músicas no MUNDO pra mim: Hush, Mandrake Root e além deles, um cover foda do Help. =D

Ano: 1968

1 - And The Address
2 - Hush
3 - One More Rainy Day
4 - Prelude: Happiness
5 - Mandrake Root
6 - Help
7 - Love Help Me
8 - Hey Joe

7 - Yes: Yes

Outro primeiro CD, de uma das minhas bandas preferidas. O álbum Yes brotou e foi um dos primeiros CDs de rock progressivo, já plantando o estilo da banda por muitos anos a seguir. Ainda faltavam uns 3 anos pra virarem uma das melhores bandas de rock progressivo na história, mas nessa época eles já mostraram que tavam no caminho. Melhores: Beyond And Before, Yesterday And Today, Looking Around, Sweetness. Tem outro cover do Beatles também: Every Little Thing.

Ano: 1969

1 - Beyond And Before
2 - I See You
3 - Yesterday And Today
4 - Looking Around
5 - Harold Land
6 - Every Little Thing
7 - Sweetness
8 - Survival

6 - The Who: The Who Sell Out

Um dos primeiros CDs que ganhei de rock, eu passei longos anos sem nem tocar nele por causa da capa. Na boa, que capa bosta. Nunca imaginava que seria um cd PUTA FODÃO. Aí depois de ouvir, passei alguns anos achando que era uma coletânea, por causa do estilão bizarro dele, além de todas as músicas serem boas assim. Pra quem não sabe, Sell Out tem várias vinhetinhas zoando comerciais de rádio. Na verdade o CD é feito pra você se sentir como se estivesse ouvindo uma estação de rádio que só toca The Who. Deu certo, é impossível pra mim não entrar na onda brincalhona deles quando eu ouço. Melhores: Mary Anne With the Shaky Hand, Tattoo, I Can See For Miles, Silas Stingy, Melancholia, Early Morning Cold Taxi.

Ano: 1967

1 - Armenia City In The Sky
2 - Heinz Baked Beans
3 - Mary Anne With The Shaky Hand
4 - Odorono
5 - Tattoo
6 - Our Love Was
7 - I Can See For Miles
8 - I Can't Reach You
9 - Medac
10 - Relax
11 - Silas Stingy
12 - Sunrise
13 - Rael 1
14 - Rael 2
15 - Glittering Girl
16 - Melancholia
17 - Someone's Coming
18 - Jaguar
19 - Early Morning Cold Taxi
20 - Hall of the Mountain King
21 - Girl's Eyes
22 - Mary Anne With The Shaky Hand (Alternate)
23 - Glow Girl

5 - Pink Floyd: The Piper At The Gates Of Dawn

Meu Deus do céu, que nome fantástico para um CD, especialmente seu PRIMEIRO CD. Além de acertarem no nome, acertaram nas músicas. Tem várias boas, e ainda não tinham entrado na onda 'oh vamos ser ridiculamente progressivos por alguns CDs', uma fase que eu acho puta irritante. Aqui eles tinham músicas curtas, divertidas, que também eram progressivas, and that's all there is to it. Melhores: Astronomy Domine, Flaming, Pow R. Toc H., Bike.

Ano: 1967

1 - Astronomy Domine
2 - Lucifer Sam
3 - Matilda Mother
4 - Flaming
5 - Pow R. Toc H.
6 - Take Up Thy Stethoscope And Walk
7 - Interstellar Overdrive
8 - The Gnome
9 - Chapter 24
10 - Scarecrow
11 - Bike

4 - The Doors: The Doors

O único CD deles que eu conheço, yaaay! Considerando quanto eu gosto dele, eu deveria mesmo procurar mais, mas preguiça é foda. Entao, The Doors é um CD muito bizarro, mas também surpreendentemente divertido. Jim Morrison não é um cantor genial, mas a voz dele combina demais com o estilão meio drogado das músicas. O pior é que falar que as músicas tem um 'estilo' me faz sentir meio mal, por que cada música parece ter um estilo próprio. Break On Through (To The Other Side) e Soul Kitchen por exemplo, parecem ser de duas bandas diferentes, e são as primeiras duas do CD. Alabama Song (Whisky Bar) é completamente zoada e Light My Fire é uma obra-prima do rock clássico, e também são duas músicas seguidas. É um CD que não faz muito sentido, mas é fortalecido por isso, e MUITO. Melhores: Break On Through, Soul Kitchen, Light My Fire, Take It As It Comes, The End.

Ano: 1967

1 - Break On Through (To The Other Side)
2 - Soul Kitchen
3 - The Crystal Ship
4 - Twentieth Century Fox
5 - Alabama Song (Whisky Bar)
6 - Light My Fire
7 - Back Door Man
8 - I Looked At You
9 - End Of The Night
10 - Take It As It Comes
11 - The End

3 - Jethro Tull: Stand Up


Tam tam taaaam, já chegamos no top 3. Stand Up foi o segundo CD do Jethro Tull, e é um dos CDs mais bonitos que eu conheço. Todo mundo deveria ouvir ele. Se você não curte rock, baixa Stand Up que você vai gostar. É bonito de uma forma que não sei descrever. Não é pesado, as músicas são calmas e divertidas, tem o Ian Anderson detonando na flauta, e tem Bourée. Need I say more? Stand Up é pra mim o melhor CD da banda e entra facilmente nos top 3 da década. Melhores: A New Day Yesterday, Bourée, Nothing Is Easy, Fat Man, Reasons For Waiting.

Ano: 1969

1 - A New Day Yesterday
2 - Jeffrey Goes To Leicester Square
3 - Bourée
4 - Back To The Family
5 - Look Into The Sun
6 - Nothing Is Easy
7 - Fat Man
8 - We Used To Know
9 - Reasons For Waiting
10 - For a Thousand Mothers

2 - The Beatles: Abbey Road

Meu CD preferido dos Beatles. Abbey Road é o penúltimo álbum de estúdio dos Fab Four, praticamente SÓ TEM MÚSICA FODA e e e... sei lá. Não sei o que falar, sério. Ele é foda e pronto, ouviria Abbey Road qualquer hora em qualquer lugar, e cantava várias das músicas muito empolgado com qualquer um que quisesse cantar comigo. É simplesmente um CD fantástico. Melhores: Todas?

Ano: 1969

1 - Come Together
2 - Something
3 - Maxwell's Silver Hammer
4 - Oh! Darling
5 - Octopus' Garden
6 - I Want You (She's So Heavy)
7 - Here Comes The Sun
8 - Because
9 - You Never Give Me Your Money
10 - Sun King
11 - Mean Mr. Mustard
12 - Polythene Pam
13 - She Came In Through The Bathroom Window
14 - Golden Slumbers
15 - Carry That Weight
16 - The End
17 - Her Majesty

1 - The Who: Tommy

Isso pode estar irritando algumas pessoas. Surpreendendo está com certeza. Não falo muito sobre esse CD, mas é um dos meus preferidos, por várias razões. Eu amo CD temático, adoro álbum com uma história que liga todas as músicas. Adoro ouvir e seguir a evolução dos personagens, me dá vontade de ouvir o CD todo de uma vez só, e eu acho isso muito importante. Um CD que só é marcante pra mim por causa de algumas músicas me faz querer só ouvir aquelas músicas no futuro, Tommy é um dos poucos CDs que me faz querer ouvir ele todo SEMPRE por que todas as músicas são bem-escritas, bem-tocadas e contam uma história que é tão foda quanto original. A obra-prima da banda, um dos meus CDs preferidos de todos os tempos e fácil o melhor CD dos anos 60, em minha honesta opinião.

Ano: 1969

1 - Overture
2 - It's A Boy
3 - 1921
4 - Amazing Journey
5 - Sparks
6 - Eyesight To The Blind
7 - Christmas
8 - Cousin Kevin
9 - The Acid Queen
10 - Underture
11 - Do You Think It's All Right
12 - Fiddle About
13 - Pinball Wizard
14 - There's A Doctor
15 - Go To The Mirror
16 - Tommy Can You Hear Me
17 - Smash The Mirror
18 - Sensation
19 - Miracle Cure
20 - Sally Simpson
21 - I'm Free
22 - Welcome
23 - Tommy's Holiday Camp
24 - We're Not Gonna Take It

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Então é isso aí.
Se eu tiver saco (e se existir interesse) eu coloco listas das outras décadas também. Espero que vocês gostem desse insight no meu gosto musical /o/

Ah, e eu só notei agora que tipo 5 dos top 10 vieram de 1969. Que ano foda, mano! Então, até a próxima. =D

Sunday, October 3, 2010

The Last Airbender

Na boa, que filme merda. Como um dos meus diretores PREFERIDOS, M. Night Shyamalan, conseguiu pegar uma das melhores séries de ação/comédia dos últimos 10 anos e transformar nessa BOSTA e algo que eu nunca vou entender. Eu to com tanta raiva desse filme, que eu to escrevendo isso enquanto assisto o filme. Ele tá tão RUIM que eu nem quero esperar ele terminar pra começar a escrever isso. Então, se meu texto explodir com xingamentos é por que aconteceu algo RIDÍCULO E ESCROTO no filme.


Então, pra quem não sabe, The Last Airbender é baseado numa série animada da Nickelodeon, chamada Avatar: The Last Airbender. Originalmente o filme ia se chamar Avatar também, mas acho que todos nós saemos por que que isso não rolou. A série se passa num mundo fictício, onde a população mundial é dividida em quatro reinos: O Reino da Terra, A Nação do Fogo, os Monges do Ar e os Tribos da Água. Em cada reino existem pessoas que podem manipular elementos, mas todos manipulam apenas UM. Fogo, terra, água ou ar, dependendo de que reino você pertence. Aí entra o Avatar, um ser ultra-poderoso que pode manipular os quatro elementos. Ele mantém a paz no mundo, e evita que os quatro reinos entrem em conflito. Assim como o Dalai Lama, quando um Avatar morre, ele é reincarnado, e o ciclo se repete.

Então. Um dia, o Avatar some. Fudeu. A Nação do Fogo, sempre com fome de conquista, começa uma guerra mundial contra os outros reinos. 100 anos se passam, e os foguentos estão perto de vencer. Um dia qualquer, dois adolescentes da Tribo de Ar do Sul encontram um menino, um dobrador de Ar. O último dobrador de Ar. O Avatar. Mas aí tem um problema: ele é um menino, e só sabe dobrar Ar, e mais nenhum elemento. Ele e os dois adolescentes terão que fazer uma jornada pelo mundo, onde o Avatar (chamado Aang) terá que aprender como dobrar os outros elementos. Enquanto isso, o filho do Lorde do Fogo tenta captura-lo para recuperar o respeito e amor de seu pai. O filme tem essa mesma história, mas PORRA, é incrível como Shyamalan FALHOU em TODOS OS SENTIDOS.

Vou falar aqui que a série animada é muito boa. Eu adoro ela, baixei todos os episódios e gravei em DVD pra poder ver sempre que quisesse. É bem animada, engraçada, excelente história e ação. Tem um charme que eu não vejo há muito tempo num desenho. O filme falha em TUDO. Não é engraçado, mas a seriedade forçada dele aliena os fãs da série e fazem quem não conhecia a série achar que a série é ruim, pelo filme ser tão ruim. Eu não dou a MÍNIMA pros personagens no filme, todos eles são chatos, mal-interpretados e tem diálogo tão ruim que um mendigo de rua BÊBADO ANALFABETO poderia escrever melhor. Cada vez mais eu penso que a ÚNICA coisa que vale a pena no filme são os efeitos, quando as pessoas dobram os elementos e tal. Isso é legalzinho, mas não carrega o filme todo.

No fundo, esse filme é irritante mais do que qualquer outra coisa, especialmente para fãs. Shyamalan tentou condensar 25 episódios de meia hora num filme de uma hora e meia. Tudo fica corrido, nada fica explicado, a amizade dos adolescentes (Sokka e Katara) com Aang nunca é explicada, nós não temos tempo pra simpatizar com eles e com sua missão. Os únicos dois que fazem um bom trabalho são Zuko, o filho do Lorde do Fogo (interpretado pelo excelente Dev Patel, que fez Quem Quer Ser Um Milionário) e seu tio, Iroh (interpretado por Shaun Toub, que esteve em Crash e Iron Man, entre outros). Eles são os ÚNICOS no filme que me convencem de alguma forma.

Não vou ficar falando muito sobre esse filme, por que eu só vou ficar xingando ele. O que importa é que os personagens são RIDICULAMENTE mal interpretados e escrito, e isso mata o filme logo nos primeiros 5 minutos. Aang é interpretado por Noah Ringer (quem?), Katara é interpretada por Nicola Peltz (quem?²) e Sokka, um dos melhores e mais engraçados personagens no desenho, é DESTRUÍDO por Jackson Rathbone, que atuou em nada mais do que Crepúsculo. Excelente currículo o desse aí. Esses três não tem inflecção nenhuma na voz, eles falam e eu CAGO pra eles. Esse é de longe o pior erro que poderiam ter feito com o filme. A história da série depende dos personagens principais, da ligação que eles tem, e no filme eu não sinto nem um PENTELHO dessa ligação, dessa amizade.

Por que fazer um filme disso, cara? Transformar qualquer série de TV pra filme é um erro, só dá certo (e olha lá) se você tratar o filme como um episódio extendido da série, e não como A SÉRIE TODA. Claro que ia ficar uma merda corrida e sem desenvolvimento. Que RAIVA desse filme e de como ele comeu uma das minhas séries preferidas na bunda. Shyamalan, você faz melhor, porra.

Directing: 1
Writing: 0
Music: 0
Cinematography: 1
Fun Factor: 1

Nota final: Uma maravilha dum TRES. Não quero ver esse filme de novo pro resto da minha vida. Prefiro colocar um episódio aleatório da série que vai ser BILHÕES de vezes melhor. Até o pior episódio da série faz esse filme parecer uma peça de criança de 5 anos. Que nojo desse filme e desses atores (menos Dev Patel e Shaun Toub). Imagina pagar pra ver no cinema! Ia ser o FIM.

Fãs da série, RUN AWAY!

P.S. No finalzinho ele melhora UM POUCO. Temos um pouco mais de ação e efeitos legais, aí fica até divertidinho. Mas pena que não temos muito disso.




Saturday, September 11, 2010

Mary & Max

Austrália, 1976. Na pequena cidade de Mount Waverley mora uma menina de 8 anos, chamada Mary Dinkle. Seus olhos são da cor de poças de lama e sua marca de nascença tem cor de cocô. Assim somos introduzidos a Mary, um dos personagens principais desse filme maravilhoso: Mary & Max: Uma Amizade Diferente. Aposto que a maioria de vocês nunca nem ouviu falar desse filme. Como o título sugere, é sobre uma amizade entre duas pessoas que a princípio não se conhecem, moram milhares de quilômetros um do outro e tem uma diferença de idade de 36 anos. Isso não os impede de virarem amigos pro resto da vida. Eu não consigo imaginar um filme com uma premissa mais bonita do que essa, e poucas vezes me surpreendi mais num filme animado. Então vamos dar uma olhada. =D



Mary Dinkle (Toni Collete) é uma menina solitária e inocente. O pai dela trabalha numa fábrica, montando saco de chá. Por isso ele pode pegar quanto chá ele quiser e levar pra casa. O chá preferido da Mary é Earl Grey, tanto que ela quer se casar com alguém chamado Earl Grey quando crescer. Ela quer viver com seu marido na Escócia, morando num castelo com ovelhas, dois patos e um cachorro chamado Kevin. Mary & Max é cheio de passagem desse tipo, todos dando um insight pros
dois personagens principais.

Já falei sobre a Mary, mas também temos Max Jerr
y Horowitz (irreconhecível Phillip Seymour Hoffman), um ateu obeso de 44 anos, que mora em New York e sofre da Doença de Aspberger. Ele tem duas televisões, uma grande e uma pequena. A grande não tem imagem mas tem som, e a pequena tem imagem mas não tem som. Ele tem sérios problemas em ter relações sociais, mesmo das mas simples, como conversar com pessoas. Ele não tem amigos, nunca teve namorada e vive uma vida infeliz, tanto que sempre que o filme troca pro ponto de vista dele, New York é preta e branca. A vida de Max não tem cores, até Mary mandar uma carta para ele. Por que ela manda essa carta? Ela tá entediada num sábado e decide mandar uma carta aleatória para alguém aleatório. Assim, os dois viram amigos, e passam a mandar cartas um pro outro.

O filme todo é composto das cartas de Mary e Max. Pelas cartas nós vemos as semelhanças entre eles, que são muito mais fortes do que suas diferenças. Os dois não tem amigos. Os dois tem vidas cheias de problemas, mas cada um é inocente de seu jeito, os impedindo de entender isso ou entender como mudar. O pai da Mary quase não vive em casa, e sua mãe é uma alcóolatra que furta itens do supermercado. Mary não sabe o que são essas coisas, e se convence que sua mãe apenas 'prova' o vinho e que 'pega emprestado' as compras. Enquanto isso, Max vive sozinho e tem problemas em entender si
tuações sociais, fazendo ele ser um recluso. Pessoas 'normais' o confundem, e ele não sabe o que é amor, ou nem o que são relações amorosas. Ele também não entende por que pessoas não seguem leis, por que jogam lixo na rua. Sua inocência é diferente da inocência da Mary, mas os dois não fazem mal a ninguém e são vítimas da sociedade agressiva de onde vivem, e além disso, são fãs do mesmo programa de tv: Os Noblets.

Por que eles gostam desse programa? Bem, Mar
y adora por que todos os Noblets são marrons (como a marca de nascença dela), vivem em bules de chá (ela ama chá) e todos tem amigos, o que ela mais quer no mundo. Max adora por que eles vivem em uma estrutura social delineada e articulada, com uma constante conformidade partidária, e todos tem amigos, o que ele mais quer no mundo.


As cartas dos dois m
uitas vezes não faz sentido. Falam sobre qualquer coisa que surge à mente, e muitas vezes os monólogos são interrompidos por perguntas aleatórias, como "você já foi atacada por um corvo ou outro pássaro grande?", ou "Você gosta da palavra cumquat? Qual é sua palavra preferida?". São cartas que não servem nenhum propósito maior, não são prepotentes e não fingem ser nada além de simples cartas entre duas pessoas que só querem um amigo, e encontraram um, contra todas as probabilidades.

Essa amizade muda a vida dos dois. Cada um manda objetos pro outro junto com as cartas, como chocolates, fotos, etc. Um dia Mary manda um chapéu vermelho pro Ma
x. Ele imediatamente coloca na cabeça, e o chapéu vermelho é a única coisa colorida em sua vida. O resto é preto e branco. Pouco a pouco a as cartas viram a coisa mais importante na vida na vida de Mary e Max. Eu não vou contar como as cartas mudam os dois, e nem que rumo a história leva nos 22 anos que conta. Vejam e descubram, vale MUITO a pena.

Mary & Max é uma animação feita com massinha. Sabe "A Fuga das Galinhas"? É, tipo isso, mas onde Fuga era uma comédia, Mary & Max é ao mesmo tempo uma história de tragédia, felicidade, tristeza e esperança. O filme trata de temas muito dark, como suicídio, bullying,
exílio social e emocional, fragilidade mental, ataques de ansiedade, alcoolismo. Não se iludam que esse é um filme para criança só por que é uma animação, por que não é. No final eu não sabia o que exatamente eu tinha que sentir, se era tristeza ou felicidade, por que o filme dá abertura pros dois, e isso é incrível. É um filme que quase me fez chorar. É bonito além do meu poder de descrever.

Não sei nem o que falar, na verdade, então vou fechar com um pedido sincero para que vocês vejam esse filme, imediatamente.

Directing: 2
Writing: 2
Music: 2
Cinematography: 2
Fun Factor: 2

Nota Final: 10. Vejam, agora. É um filme que não recebeu muita atenção aqui no Brasil, mas acreditem em mim quando eu falar que mereceu. Se não conseguirem encontrar, eu tenho aqui no PC e empresto pra quem quiser. Ou melhor, venham pra cá assistir comigo.

Vejam o trailer pelo menos.


"I find humans interesting, but I have trouble understanding them. I think however, that I will understand and trust you." - Max Jerry Horowitz para Mary Dinkle









Sunday, August 29, 2010

The Expendables

Sylvester Stallone tem uma história interessante. No final dos anos 60, ele era um ator fracassado, que foi expulso de seu apartamento. Ele vivia na rua (literalmente) e por desespero aceitou um papel no filme pornô soft-core (leia-se sem nada legal aparecendo), sendo pago 200 dólares por dois dias de trabalho. Nos anos seguintes, teve papéis inconsequentes, mas conseguia viver. Aí, em 1976, após assistir a uma luta de boxe Muhammad Ali e Chuck Wepner, ele escreveu um roteiro que mudaria sua vida: ROCKY. Do nada Stallone teve fama mundial, chegando a ser chamado do 'novo Marlon Brando'. Claro que hoje nós rimos disso, mas na época fazia sentido. Stallone está excelente em Rocky por que ele escreveu o papel do Rocky pensando em si mesmo (na verdade, ele teve dificuldade em vender o roteiro por que ele insistia que ele tinha que ter o papel principal) e claro que ele teve facilidade em interpretar. Rapidinho ele foi criando sua imagem de macho-man dos filmes de ação, criando a fama que ele tem hoje, que todos nós adoramos.

Claro que ele não era o único ator a fazer filme assim. Nos anos 70 e 80, filmes de ação meia-boca eram lançados aos montes, cada um com um machão diferente matando todo mundo e mostrando os peitos malhados. Homens como Arnold Schwarzenegger, Dolph Lun
dgren, Chuck Norris, Burt Reynolds, Steven Seagal, Jet Li, Jean-Claude Van Damme, enfim. Claro que nos anos 90 a coisa continuou, mesmo se o ritmo diminuiu um pouco, com atores mais novos, como Jason Statham. Sylvester continuou suas franquias, com Rocky Balboa e Rambo IV, para alegria dos seus fãs. Agora, ele decidiu botar pra fuder com THE EXPENDABLES.



Qual é a idéia atrás dos Expendables? Simples, po. Juntar todos os atores fodões que já existiram e colocar junto num festival de testosterona e explosões. Chamou Jason Statham, Jet Li, Dolph Lundgren, Randy Couture, Steve Austin, Terry Crews, Mickey Rourke, Bruce Willis e Aaaahnold. Colocar essa quantidade de maluco foda junto não pode dar errado, certo? CERTO! Se você gosta de filme de ação sem sentido e explosões fantásticas, cara, esse é seu filme. Mal-escrito mas divertido p
ra cassete. Pena que ele demora pra ficar divertido, mas enfim, isso é perdoável.

Então, qual é a suposta história desse filme? Sylvester Stallone é Barney Ross (os nomes dos caras da equipe são geniais), líder de um grupo de mercenários chamado The Expendables. Sua equipe é composta de Lee Christmas (Jason Statham); Yin Yang (Jet Li); Toll Road (Randy Couture); Gunnar Jensen (Dolph Lundgren) e Hale Caesar (Terry Crews). Eles vendem seus serviços como bad-asses para qualquer um que possa pagar. Numa missão, Gunnar perde a cabeça e é expulso da equipe. Aí, Barney vai conversar com seu bom amigo e ex-mercenário Tool, interpretado por ninguém menos que Mickey Rourke (que é FODA PRA CARALHO), e Tool fala que ele tem uma possível missão para os Expendables, só que ela não vai ser fácil. Barney aceita dar uma olhada.

Então, ele vai conversar com seu contato, Mr. Church (Bruce
Willis, yay!). Mr. Church quer que os mercenários invadem uma ilha aleatória na América do Sul, e matem o general malucão que tá tomando conta de tudo. Algum problema? Sim, o general tem uns 200 soldados, e The Expendables tem 4 homens e meio; e outro grupo de mercenários também quer o emprego. Quem é o líder desse outro grupo? Arnold! Aí temos uma cena bem divertida e engraçada, cheia de frases com duplos significados. Não vou falar muito sobre ela. O que importa é que Os Expendables aceitam a missão, mas ela vai acabar sendo bem mais difícil do que imaginavam, claro.

Também não vou contar a história do filme, ler sinopse em blog é chato. Então, vou falar sobre os atores (?) que aparecem no filme, e a trajetória de fodão de cada um.
Sylvester vocês já sabem, então vou falar primeiro sobre Jason Statham. Jason é um ator e lutador de artes marciais inglês, conhecido por aparecer em filmes fodalhosos de Guy Ritchie, como Lock, Stock & Two Smoking Barrels (Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes) e Snatch (Snatch - Porcos e Diamantes). Ele criou sua imagem de fodão na série Transporter (Carga Explosiva), que apesar de não ser lá essas coisas, é divertida no sentido de ação sem inteligência. Além disso, ele é conhecido por fazer todas as suas cenas de ação e tal, e isso é sempre legal.
Jet Li todos nós conhecemos. Fez inúmeros filmes chineses antes de aparecer em Hollywood, mas já apareceu fazendo um filme de ação, como o vilão de Lethal Weapon 4 (Máquina Mortífera 4) . Aí ele foi fazendo filmes de ação desse tipo, como Romeo Must Die (Romeu Tem Que Morrer) e The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor (A Múmia: Tumba do Imperador Dragão). Além disso, fez vários filmes wuxia, meu preferido sendo Yingxióng (Herói).

Randy Couture é mais desconhecido. Ele é lutador da UFC, e já venceu vários títulos. Hoje em dia ele está aparecendo cada vez mais em filmes de ação, fazendo o mesmo papel, praticamente. O que importa é que o maluco sabe lutar, e ele está bem divertido no Expendables.
Dolph Lundgren é um dos nomes que é sinônimo de filme de ação. Após seu primeiro papel grande como Ivan Drago em Rocky IV, ele atuou em mais de 40 filmes de ação. É, esse cara sabe porrar.
Terry Crews. O que falar sobre esse cara. Ex-linebacker da NFL, hoje em dia é um ator que faz principalmente papéis engraçados, e o bizarro é que ele REALMENTE é engraçado. Ele interpreta o pai do Chris Rock na série Everybody Hates Chris, e viu sua fama explodir ao fazer comerciais da Old Spice, que fizeram sucesso estrondoso no youtube. Vou deixar link no final desse post para todos verem. Mas, ele é grande e forte pra cassete, então é claro que ele tinha que aparecer no Expendables, e claro que o personagem dele tinha que ser engraçado.

Mickey Rourke é um dos meus atores preferidos. Nos anos 80, fez vários filmes, sempre com o papel do cara fodão. Mas, mesmo sendo esse cara fodão, ele dava profundidade aos personagens, sempre roubando atenção da cena onde ele aparecia. Filmes como Rumble Fish (O Selvagem da Motocicleta) e Angel Heart (Coração Satânico) são fodas principalmente por causa dele. Aí do nada ele parou de atuar e virou boxeador (wtf) e só voltou à cena mainstream com Sin City (Sin City - A Cidade do Pecado) em 2005, irreconhecível como Marv. Recentemente, apareceu em Iron Man 2 (Homem de Ferro 2) como o sensacional vilão Whiplash.

"Stone Cold" Steve Austin é um ex-lutador que hoje em dia atua em filmes de ação estúpidos. Ele é vilão no Expendables, e felizmente seu papel expõe o que ele faz de melhor: ficar parado com cara feia, e depois sair metendo porrada. Seu filme mais conhecido no Brasil é The Condemned (Os Condenados).
Bruce Willis é um dos atores americanos mais conhecidos. Não vou falar tudo sobre a carreira dele, mas vou apontar por que ele é fodão pra caralho: DIE HARD! Só pelo primeiro Die Hard ele já merecia aparecer no Expendables, mas aí ele foi e fez mais três.

Arnold Schwarzenegger é e sempre será um ícone americano, mesmo ele sendo da Áustria. Venceu o título de Mr. Universo aos 22 e venceu Mr. Olympia SETE vezes. Após sua carreira como bodybuilder, ele virou ator, aparecendo em filmes de ação durante toda a década de 80. Filmes como Conan, The Terminator, Commando, Predator... ele não é nenhum estranho aos film
es de ação. Pena que começando em 1990, ele começou a fazer filmes BABACAS de comédia. Felizmente, ele continuou fazendo filmes de ação, só que em ritmo desacelerado. Fez True Lies com James Cameron em 1994 e End of Days em 1999. Aí, AÍ, ele foi eleito Governador da Califórnia em 2003. Como? Não sei, cara! Só sei que isso gerou o melhor apelido ever: The GOVERNATOR.

Então, chega né? Needless to say, esse filme tem uma cassetada de homem fodão fazendo o que fazem melhor: serem fodões. Pena que não conseguiram fazer Van-Damme, Chuck Norris ou Steven Seagal darem uma aparecida, mas já estão planejando uma sequência, então ainda existe a possibilidade.



Rourke e Statham sendo fodas


É um filme divertido, e bom no sentido de ação, mas no sentido de filme mesmo é bem ruinzinho. Não é bem escrito, claro, mas bem que podiam ter melhorado as piadas um pouco. Algumas são simplesmente dolorosas. Além disso, o personagem do Jet Li é tão mal-pensado que ele não empolga em momento algum, fiquei meio puto com isso. Gosto bastante dele, bem que poderiam ter feito uma luta onde ele sai chutando geral, voando nas paredes ou algo assim. Em vez disso, temos o que? Ele perde duas vezes e é alvo de piadas RUINS durante o filme. Yay.

O filme também tem seus momentos awey, né, mas isso é de se esperar. Momentos onde os soldados inimigos atiram e atiram e acertam nada, enquanto nossos heróis explodem tudo de formas criativas. Só fiquei puto em uma cena, onde Barney e Christmas estão explorando a ilha e matam um caminhão cheio de soldados, COM ARMAS, usando só facas e socos e afins. Sério, os soldados não sabem apontar e atirar? Enquanto Christmas tá enfiando a faca no pescoço de um, o que tá lá longe bem que poderia dar um TIRO né. Enfim, não dá pra ficar enchendo o saco com detalhes assim em filmes de ação.

A minha única reclamação é que The Expendables demora muito pra 'começar', por assim dizer. Ele fica 1 hora montando o palco para a ação explosiva, mas essa montagem é chata. Os personagens conversam, se arrumam, etc etc, mas nada empolga realmente. Só as cenas com Mickey, Bruce e Arnold são divertidas nessa 1 hora de chatice. Aí depois disso tudo começa o filme, com explosões e tiros e sangue e tudo de bom. No Expendables 2, Sly, faça as coisas maneiras aconteceram mais rápido, certo?

Directing: 1
Writing: 1
Music: 1
Cinematography: 1
Fun Factor: 2

Nota Final: 6. Bem legal para quem gosta do gênero.

Trailer:



Comerciais Old Spice com Terry Crews